sábado, 20 de agosto de 2011

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não é necessário se preocupar. é nesses meus silêncios noturnos que a gente se encontra. é neles que eu te abraço, que eu te beijo que eu te sinto... como se todo o passado se resumisse aquele comecinho... um amor agradável como mês de maio, e despreocupado como o mesmo: era fé, confiança e vontade. a essência sempre foi essa, desde o começo. me perdoa. eu sei que eu me perdi, sei disso, mas poderia ter me procurado. poderia ter nos cultivado - como o prometido. eu deveria, mas já foi. não, meu bem, não é necessário se preocupar. eu fico em silêncio porque te sonho, porque preciso de um tempo pra fechar os olhos e abraçar a saudade que deita do meu lado todos os dias, mas que imagino ser você. a verdade é que eu te sinto mais triste do que nunca. me perdoa, me perdoa. essa tem sido a coisa mais dolorosa pela qual já passei.. bem mais do que todas aquelas que só você sabe. é isso.. só você me sabe por completo, mesmo achando que não. a gente se conhecia a cada minuto, a cada madrugada mal dormida ou olhar despreocupado no final da tarde. a gente se entregava a cada juntar de mãos. era assim mesmo: com simplicidade e carinho pra dar e nunca vender. mas me incomoda usar os verbos no passado. eu ainda digo pra todo mundo que eu sou tua. e não minto: o sou. eu espero um sim todos os dias. independente das circunstâncias, do poder ou não poder, do dever ou não dever. eu quero o nosso nós, eu quero nos atar em par. eu quero o arrepio daquela primeira sexta-feira e o cuidado de todos os outros dias. você também quer. mas não há com o que se preocupar. eu to aqui, você também. se for pra passar, passa. mas se não for, permanece. eu queria ser desse jeito: tranquila. mas eu ardo aqui por dentro, nós dois sabemos. minha mente desespera, e também o resto. parece que o peso vai embora a cada lágrima derramada. escorrendo devagar, tocando em todas as partes - por dentro e por fora -, o que justifica toda a dor sentida. e depois vira ar. evapora. mas só parece. eu tenho conseguido sentir um misto de tristeza e felicidade que nem eu mesma entendo. eu te falei logo no começo: o que vier, será bom. e é, acredite. mas a gente demora um pouco pra se acostumar a ter o bastante quando sempre teve mais. e é difícil acreditar que, mesmo com tudo o que houve, eu ainda tenho muito. é isso que mantém a pontinha de felicidade que, eu gosto de crer, tem potencial pra ser mais, mais, mais... e é isso. eu sei: o fim não é de verdade. não importa o que você diga, ainda tem tanto de mim, tanto de ti.. a gente sabe. a gente sabe.
fico aqui.
fica aqui.


eu te amo.

3 comentários:

Stella Rodrigues disse...

Copiei seu texto e joguei no word pad pra conseguir ler, e meus olhos encheram de lagrimas, de verdade, com um amor meio que não correspondido, sentido e desejado por ambas as partes e não da pra ser, ou não dá pra ser ainda, mas com o tempo tudo se ajeita, e é isso que todo mundo espera.

Nara Sales disse...

Lindo lindo lindo.
Também me perdi, mas nos meu caso, perderam-se os dois...

Nara Sales disse...

Lindo lindo lindo.
Também me perdi, mas nos meu caso, perderam-se os dois...