E a menina ingênua, tão dócil e bela saiu pra dançar
Levou na mão sua carteira, nos pés salto alto e era azul seu olhar.
O cachecol no pescoço não apenas a escondendo do frio.
E a casa enfim sem ninguém, nem mamãe, nem papai, só Deus, ela e o vazio.
O céu com um tom bem escuro, borrifado de estrelas e o brilho entre as nuvens,
Passou uma mensagem tão boa e estranha, dizendo que ainda era cedo demais.
Antes era sempre tão tarde e ela ainda não fazia o que hoje faz.
Agora era passo a passo, mas sempre pra frente, sem voltar atrás.
E algumas de suas palavras, nem tão verdadeiras, saíam cabreiras.
Com medo de não serem aceitas nesse mundo louco
Sem ninguém capaz de fazer um esforço pra sem algo
mais.
Buscando um futuro distante ou o passado que ainda precisa viver.
Buscando um futuro distante ou o passado que ainda precisa viver.
Em suas estantes antigas bonecas de pano e um jogo de xadrez,
Que agora disputam espaço com o som barulhento do mp3.
O batom vermelho e a enorme argola não saem da bolsa jamais.
E a boca, que antes só falava agora se guarda para algo mais.
Vestiu-se até de tubinho, e foi para a noite
Buscando abrigo em quem sabe demais.
Daqui a pouco a gente encontra
uma mulher de vestida branco
que encontra-se em pleno pranto
pelo coração apaixonado.
Porque um dia todo mundo cresce, afinal.
mariana andrade*
5 comentários:
... todo mundo cresce afinal!
todo mundo cresce afinal! - mas as histórias não têm um final igual... :)
Ah, Mari, tão lindo! Como sempre ;)
Seus textos me inspiram muito e fazem suspirar.
Gosto muito do seu estilo, sua criatividade! :D
Sei que você deve ouvir algo assim todo dia, mas quem ama a arte tem que apoiar quem a ama também! ;)
Parabéns, querida! Muitos beijinhos!
Ain que lindo *-*
como sempre né.
obrigada pelos comentários, galera.
um beijão pra vocês ;*
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