quarta-feira, 24 de junho de 2009

Conduzindo nossas almas..

Oferecimentos e agradecimentos à Márcia Amaral. Respiras as palavras e inspiras aqueles que leêm seus textos de tamanha sensibilidade.

E falando em barcos imaginários, eu estava procurando entre roupas, papéis e algumas coisas mais, aquele remo que foi centro de alguns comentários. Procurei nos lugares pequenos e grandes, nos mais impossiveis que você consiga imaginar. Procurei entre palavras espalhadas por aí, seja em cartas ou trabalhos escolares, procurei em presentes de aniversário e de natal, debaixo de cadernos e alguns diários de temmpos atrás. Não o encontrei, entretanto.
Deitei em minha cama, embrulhei-me, mas meu frio não passou. É como se ele estivesse me provocando. Não era algo externo, eu tinha certeza que não. Era um dos milhões de motivos pra eu olhar dentro de mim. Mas estava com sono. Não costumo pensar muito bem quando minhas pálpebras lutam para se fechar. Deixei que elas criassem vontades demais. Deveria tê-las domado bem antes.
Como de costume, acordei o meio da noite com as luzes ainda acesas. Eu nunca as deligo. Levantei-me da cama, cambaleante, e levantei o interruptor. Agora as fracas luzes da rua ultrapassavam a janela do meu quarto. Quando eu deito e olho para cima, posso ver o reflexo dos carros se movimentando. Então eu fecho os meus olhos e imagino uma grande estrada. Talvez aqueles 'pegas', onde eu estaria no meio e agitaria a bandeira. Poderia sentir os carros passando dos dois lados do meu corpo. Meu cabelo voaria e eu me sentiria bem.
Então me imaginei dirigindo um dos carros. Pra falar a verdade, em meu primeiro pensamento eu dirigiria os dois, mas percebi que não seria capaz. Então vi-me em apenas um. O meu próprio carro, pintado com as cores que eu mais gosto. Minhas mãos firmes na marcha e no volante, meus pés grudados no acelerador. Eu controlaria a intensidade, a velocidade e a direção. Tudo ao mesmo tempo. Talvez fosse um pouco dificil, mas, com força de vontade, eu conseguiria.
Então lembrei-me novamente dos barcos e remos. Talvez minha imaginação também fosse uma boa metáfora para a vida. Você tem livra arbitrio. Você escolhe seu rumo. Você vive sua própria vida. Pois bem, agarre seu remo e peças do carro. Junte isso tudo e assuma o comando. Se será dificil ou não, não importa tanto assim. Você consegue. Até porque, se lhe fosse inalcançável, simplesmente não existiria.
Segure minha mão, iremos juntas ddirigir a nossa própria vida. Você em seu barco e eu em meu carro. Podemos trocar de vez em quando, mas será por nossa vontade. Tudo bem pra você?

mariana andrade*

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