Em uma noite como qualquer outra, vendo um desses filminhos com enredo fútil, um impulso me empurra pra frente. Eu me levanto do grande sofá marrom, quase preto, e me dirijo ao meu quarto. O computador ainda está ligado, passou a tarde inteira assim, e na minha área de trabalho um pôster de outro filme fútil. Como consigo me ligar a coisas assim tão rapidamente? Não importa, a única coisa que realmente importa é o estranho formigamento que sinto em meus dedos. Vontade de voar pelo teclado como eu sempre faço, mas não em uma conversa qualquer pelo MSN, e sim em um livro. O meu livro. O meu confessionário, meu esconderijo. E não importa que todos leiam, sempre vai ser um segredo. Na minha concepção segredos não deixam de ser segredos quando alguém os revela, mas isso é só uma opinião.
É sempre assim, as palavras fluem naturalmente de minhas mãos, uma dança realmente agradável, mas uma hora acaba. Em algum momento o texto deve ter um ponto final. Mas, pensando por outro lado, cada ponto final não seria o cumprimento com sucesso de uma fase? Cada ponto final não seria então o que define a hora exata de começar a escrever uma nova história? A história que, a cada dia, pode tornar-se melhor. Sou eu quem a controlo. Isso soa tão emocionante da primeira vez... Mas eu já disse que as aparências enganam, ou será que não deixei isso claro?
Um comentário:
me fez chorar esse texto de fato mexeu comigo!!!sou sua fã!!vc descreveu direitinho meus sentimentos!!!!
p.s: sou lá do mundo nárnia!!!
Nicole
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