te envio pela luz
os gestos dos dias
e as noites dos gestos.
nos versos que escrevo
será que ilumino?
será que anoiteço?
tento aquecer o frio
que teu não-estar
me faz vestir.
pode me despir
mostro nua
a saudade que te chama.
no aguardo
toco a lua
lembro do teto de estrelas.
estrelo a história
calculo o tempo
marco a hora.
atraso o relógio
rebobino a fita
revisito, redigito.
engulo o que foi pensado
sinto o peito pesado
finjo que esqueço.
deixo pra próxima vez.
2 comentários:
A saudade sempre urgente, a vida toda é feita dela. Que loucura querer e não poder fugir.
Ora ,afinal me assusta quando afirmam com tanta certeza...quem sabe se haverá uma vez próxima?! ...mas valeu muito ler-te,sempre vale !
Abraço !
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