é a ânsia do sentir
a imposição
a tentação
a ilusão
o verbo amar
que não é verbo
que acaba
que se esvai
que escorre
molha o rosto
a alma
e o resto
é essa ânsia do sentir
que nos inventa
me arrebenta
te movimenta
saia daqui!
é essa ânsia do sentir
que nos ocupa
é minha culpa
ter esquecido
o meu viver
ter esquecido
até de ser
é essa ânsia do sentir
que engana
esgana
reclama
à ti
pra ti
sem mim
mas eu
sou mim
sem ti
ainda.
mariana andrade*
11 comentários:
...
without words.
Lendo o seu mim, lembrei de um outro que tenho guardado aqui.. rs
Vou procurar e trago ele pra você, da Liria Porto.
Um beijo, Flor.
você escreve de um jeito incrível. Lindo!!
beijos
EGO
eu de mim não me queria
minhas grandes inconstâncias
minhas tantas insolências
meu saltitar cansativo
e de mim quase abortei
então de mim fui ficando
fui gostando dessa mim
acomodando-me as beiras
e se eiras eu não tinha
agora tenho
eu de mim já muito quero
pus-me à frente em minha fila
mas porém sem holofote
dessa luz eu não preciso
tenho eu clarão de mim
(Líria Porto)
Mariana,
que lindo o que faz com as palavras.... tece-as docemente, falando de amores ácidos, de quereres, de desejos, assim... com delicadeza, com lindeza...
delícia ter vindo aqui.
beijo
é ansiedade em demasia,...rs
Perfeito este poema!!
Sempre resta um 'mim' para nós depois de tudo, ainda bem!
Beijos
e sempre será, pois ninguém perde a identidade apos perder alguém, e por mais que se pense, sempre aparece mais alguém pra ajeitar o que ficou fora do lugar em ti sem um amor condicionado!
Meio confuso,mas ainda bem que ainda existem um 'mim' depois de tudo!;*
Beijos.
A vida simplesmente continua...
Lindo, bem escrito e formatado...
Que bom que não é real, rsrssr
Bons dias
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