quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A volta do que fomos nós.

No mais, eu sempre tento recuperar-me do que meus próprios erros causam. Em mim, e principalmente em ti. Recupero-me do que causo em ti, pois se tua alma vier novamente misturar-se à minha, estarei salva dos milhões de problemas que minha insegurança nos causa. Causou, digo. Nesse tempo que voltou, eu tento falar do que foi ruim no pretérito. Desde que tu voltaste, eu vejo as coisas como se meses não tivéssemos perdidos, tentando reencontrar-mos enquanto na frente um do outro sempre estivemos.
Lembro-me daquela noite em que foste embora, e entre gritos disseste não mais voltar. Mas não levaste apenas uma parte de mim, e sim a meu ser inteiro. E no sentido literal. Pois correndo feito louca eu chamava-te de volta, dizendo que se tua vida me fosse retirada, a minha iria junto, e o corpo morreria. Escorreria como eu, naquele exato momento, que desfazia-me sobre a sombra dos teus decididos pés, cada vez mais distantes de mim.
E a cena repetia-se por dias, semanas.. e por um mês eu acostumei-me a esperar-te com lágrimas nos olhos e o coração na mão.
Certo dia, cansei-me de passear pela rua vazia, altas horas da noite, sob o perigo que elas guardavam, para esperar alguém que nunca vinha. Tranquei-me dentro da casa que costumavas frequentar, me fez mal. Me fiz mal.
E então veio o estrondo, e eu levantei minha cabeça. Era você, molhado da chuva lá fora, que acabara de, literalmente, arrombar a nossa antiga casa. E eu chorei. Chorei tudo o que ainda não havia chorado. Mas também sorri. Porque eram as tuas mãos que enxugavam-me as lágrimas.
Eu te possuía, tu me possuías.
"Eu te amo", disseste.
"Basta"

mariana andrade*

P.S.: Queridos, está aí a continuação da minha face romântica. E, sabe, escrever sobre isso me faz bem. É como se as palavras fizessem sentido, e fizessem-me sentir o porquê de serem escritas, vocês me entendem? Espero que tenham gostado. E um bom final feliz à vocês. Beijos, mari.

13 comentários:

Islla Lopes disse...

Nossa que lindo!

maria elis disse...

como eu gosto de final feliz =)'
acho que é porque eu também espero um final feliz, mas até hoje todo final tem sido triste ;/

__
bem, ele não se declarou, mas disse que gostou muito do texto, já é um começo né?! '-'

beijas doce mari :*

Tânia T. disse...

Escrever sempre faz bem. Amei a continuação..
bjos

Angel disse...

Ahh, o final feliz... É sempre mais difícil quando sucede uma grande dor, feridas mutuas que talvez nunca cicatrizem. Mas ainda acho que vale apostar, em nome do sentimento, enquanto ambos ainda estiverem dispostos.

Adorei, Mariana!

Abraços!

Unknown disse...

É, eu te entendo.



Prodígio!

Ariane Figueira disse...

Ah, um final romântico e feliz, as vezes é necessário, gritar e esperar que a outra perte ouça e nos ache.
Lindo dms, Mari.
Bjs.

Priscila Rôde disse...

Fico boba com o final feliz. rs
Adoro sua escrita!

Mariah disse...

oun, que texto lindo! que bom que você tem postado sempre, fico com saudades, hahaha
e eu sempre falo isso, né, preciso ser mais criativa :B

Érica Ferro disse...

E tudo que a gente foi não se vai tão fácil, não é mesmo?

Lindo!

Beijo.

WOLF disse...

Nossa, gostei do texto! Intenso e diferente do que tenho lido por aí. Legal conhecer o teu blog.

Gabriela Marques de Omena disse...

MA-RA-VI-LHO-SO!
Mas ainda acho bobeira voltar e falar do passado, acho melhor RECOMEÇAR. Recomeçar do zero, 'oi prazer, meu nome é Fulana'. Lembrar do passado não é trazer contigo lições, mas também reabri feridas e alimentar o medo de acontecer novamente.
Quem abandona uma vez, sempre pode abandonar a segunda.

Beijo flor.
Ótimo carnaval pra ti.

ticoético disse...

Que intenso,sublime é a real definição,você tem tato nos dedos para com as palavras,sintia falta de toda essa beleza,enfim,belíssimo texto.
abraço !

Anônimo disse...

lindo, lindo, lindo!
final felizes é sempre bom.
beijos