quinta-feira, 18 de junho de 2009

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Não sou boa com rimas, muito menos com melodias, a poesia que faço ainda é amadora demais. Sou amante de viver e existir em ficção, transformo o real em história, transformo sonhos em canção.


Minhas prozas são metafóricas, meu jogo escondido em cobertas, camadas finas de guerra mescladas à fabuloza trégua. Sou menina-mulher, admiro a paz que vem de dentro. O externo é passageiro, mas a alma dura pra sempre.


Meu corpo é uma caixa com muitas coisas pra guardar, em um local pequeno coisas grandes podem habitar. Eu contrario as leis da física, afirmo poder voar. Os meus cabelos ao vento no mar desejam mergulhar.


Eu tenho desejos maiores do que se pode alcançar, mas é assim que percebo o quanto vale sonhar. Imagino o impossivel vindo depressa pra mim. A esperança em meus olhos indica que a história não terá fim.


Ofim é um recomeço, afinal. A vida é meu ciclo fatal. Morro nos textos que crio, mas renasço em estrelas cadentes. Meu espelho sou eu mesma perdida em um universo incandescente.


Brilho próprio eu encontrei ao enxergar meus olhos indecifráveis, ao olhar no espelho e querer tocar as pupilas inalcançaveis. Inatingiveis são minhas lágrimas que escorrem junto a felicidade. E não se abalam, nem tampouco intercalam o relevante e o ordinário. Elas só existem, apenas vivem, em olhos firmes que não se tocam.


Jamais encostam, há um grande abismo que os reparte em lados opostos.


Minha poesia é minha fé, mas eu não vivo só de estrofes e sim de paz e felicidade. Sorrisos vívidos podem ser morte de alguém no auge da mocidade.


Pouco me importa, isso tanto faz, são regras que já não valem mais. Sou minha fé, minha poesia, sou esse brilho, minha própria sina.

mariana andrade*

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