sexta-feira, 8 de maio de 2009

Então clareou o dia.


E eu me senti tão bem, como se as trevas nunca houvessem existido, como se a felicidade durasse o tempo que a gente determina.

Amanheceu e eu olhei pro céu azul, pras nuvens branquinhas que dão um contraste incrivel ao dia. Olhei pro alto e vi um arco-iris se formando. Vi cada cor aparecer, cada uma ao seu tempo, até que todas se juntassem em um só corpo.

Tentei descobrir porque a lua, de vez em quando, aparece de manhã. Confesso que me decepcionei ao alcançar uma resposta. Então prefiro continuar imaginando que é á única forma de encontrar-se com o sol. E talvez seja até mesmo por ela achar engraçado que nos preocupemos por isso.

Risquei uma amarelinha na calçada, joguei uma pedra no número um. Pulei com um pé, um pé, dois pés, um pé. E cheguei ao céu. Corri pelo meio das nuvens brancas. Tão macias elas são!

Fiz uma cambalhota e pulei duas vezes, o mais alto que pude. Por que será que na 2ª vez voei por mais tempo? Deixei o vento me levar e cheguei aonde eu queria.

Lá estava ele, o arco-iris. Brilhava de um modo nunca visto, e estava tão perto de mim. Eu não suportei a tentação, quer dizer, nem era algo errado. Ou era? Cheguei mais perto, e vi nascer do arco um grande escorrega-bunda. Me joguei de costas e de cabeça pra baixo na superficie colorida. Acho que me misturei ao ambiente e desapareci no meio de tantas cores. Talvez por isso você não tenha me enxergado lá.

E cheguei ao chão. Um pingo de saudade me tomava, e eu tinha dúvidas se havia sido só um sonho. Mas me convinha acreditar que eu havia mesmo estado no céu.

E, da próxima vez, tenho certeza, me deitarei no sol.