De que adiantam as cores mais vibrantes se não há sentimento, afinal? E de que importa possuir a pele branca como a neve se o coração é negro, sombrio demais?
Já começava a transpirar, eliminando assim todo o peso que, de hora em hora, dificultava minha locomoção. Mas sempre troco de pele, de caligrafia, de olhares. Sou como camaleão. Sempre tenho algumas cartas escondidas na manga, ou no bolso daquela calça apertada. Aaah sim! Possuo diversos truques para te confundir. Truques que não encontrarias em lugar nenhum.
E toda essa confusão me fez um mal... Eram cores demais para mim. Entrei em estado preocupante, não tanto do corpo, era mais da alma. Pensei o que não queria pensar, falei o que não queria falar, e só por minha fé em demasia foi que não fiz aquilo que não queria fazer – e mesmo assim, ainda agi mal.
Usando um pincel para detalhes, cobri a decepção. Troquei-o por um médio para cobrir a tristeza. Então passei para um daqueles enormes e tentei cobrir a mentira, mas esta ainda não havia sumido completamente. Ela é aliada da maldade, só algo muito forte pode detê-la. Só aquela força que move montanhas. Camadas de tinta não seriam páreo, eu já devia saber disso.
Tão estranho perceber que, na realidade, eu não acabei com nada... Apenas o escondi. Passei por eles, mas não os enfrentei. Covardia, talvez. Esperteza, talvez.
Só colori o que já tinha cor.
Não mudei nada, afinal.
OBS.: 38 graus de febre e ainda não tomei a maldita pílula.
OBS2.: Esse texto foi escrito no dia 14/08 (sexta-feira), desculpe-me por não tê-lo publicado antes. Agora será diferente, prometo a vocês.
mariana andrade*
4 comentários:
eu tava assim mesmo ):
Melhoras.
obrigada meninas (: beijinhos ;*
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